Entre o primeiro trimestre de 2020 e o primeiro trimestre de 2021, Santa Catarina perdeu mais de 200 mil empregos com carteira assinada no setor privado, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (27) pelo IBGE. De acordo com o órgão, o Estado tinha 1,73 milhão de empregados neste modelo considerando os três primeiros meses do ano passado, número que caiu para 1,53 milhão agora.
A variação coincide com queda também no número de trabalhadores do setor privado sem carteira assinada. Eram 218 mil em janeiro, fevereiro e março de 2020; agora, no mesmo período de 2021, são 200 mil. Na medida em que encolheu o montante de trabalhadores do setor privado com e sem carteira, o IBGE registrou alta em outras classificações. É o caso da desocupação, que passou de 215 mil para 228 mil.
Outra variação apontada é o aumento de empregados do setor público (366 mil para 402 mil) e trabalhadores por conta própria (822 mil para 881 mil). Mas a maior variação é de pessoas dentro da chamada força de trabalho, ou seja, pessoas que estão disponíveis para trabalhar. O volume caiu de 3,81 milhões de pessoas para 3,66 milhões em 12 meses. No mesmo sentido, passou de 2,19 milhões para 2,51 milhões o montante de pessoas que estão fora da força de trabalho.
Ou seja, houve uma grande movimentação de catarinenses que deixaram de estar disponíveis para trabalhar.
Segundo o IBGE, a classificação de pessoas fora da força de trabalho considera cidadãos acima de 14 anos que não trabalham e não procuram trabalho. É o caso de estudantes e de donas de casa, por exemplo. Enquanto esse grupo cresce, cai o volume de pessoas na força de trabalho e consideradas ocupadas, que representa o total de empregos do Estado: passou de 3,59 milhões de pessoas para 3,43 milhões, variação negativa de 160 mil trabalhadores.
A taxa de desemprego em Santa Catarina subiu de 5,7% para 6,2% considerando os 12 meses.
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